A Polícia Civil de São Paulo identificou e apreendeu os celulares dos policiais militares responsáveis pela segurança de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, empresário de 38 anos assassinado no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Os policiais foram afastados preventivamente após se apresentarem voluntariamente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), poucas horas após o crime ocorrido na última sexta-feira (8).
Gritzbach, alvo de ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC), teria sido morto a mando da facção, segundo investigações. Ele era suspeito de ter ordenado a execução de dois integrantes do PCC e havia firmado um acordo de delação premiada com a Justiça. Apesar de ter sido oferecido segurança pela Promotoria, Gritzbach optou por contratar escolta particular com agentes da PM que não estavam a serviço oficial.
Durante a apuração, oito celulares foram recolhidos para perícia, sendo quatro de propriedade dos policiais militares, dois do motorista de Gritzbach e um do filho da vítima. Os PMs, identificados como Leandro Ortiz, Jefferson Silva Marques De Sousa, Romarks Cesar Ferreira De Lima e Adolfo Oliveira Chaga, foram registrados no boletim de ocorrência como testemunhas do ataque, que foi realizado por dois homens encapuzados com armas longas.
Ao vivo no #BalançoGeral: empresário que lavava dinheiro para o PCC é morto com tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo
➡️ Assista no @sigaplayplus: https://t.co/EsiKDUNIaw pic.twitter.com/iR2hYpbiXz
— Balanço Geral (@balancogeral) November 9, 2024
Segundo o relato do motorista de Gritzbach, ele avisou os policiais da chegada do empresário ao aeroporto. No momento dos disparos, Gritzbach se preparava para entrar em seu veículo junto a familiares e à escolta policial. Após o ataque, o carro deixou o local temporariamente, mas retornou em seguida, sendo abordado por investigadores, que identificaram a presença de quatro policiais, além de um familiar e um amigo da vítima.
A segurança do empresário contava ainda com outro veículo, um Volkswagen Amarok, que, segundo o boletim de ocorrência, quebrou antes de chegar ao aeroporto e não participou da escolta até o local. A namorada de Gritzbach e um dos seguranças também estavam na cena do crime e deixaram o aeroporto com os pertences do empresário e do motorista após o ataque.
A investigação ainda prossegue, e três pessoas feridas durante o ataque alegaram não conhecer Gritzbach, enquanto os policiais afastados aguardam o resultado da perícia nos celulares para esclarecimento dos fatos. A polícia segue apurando a possível conexão entre o assassinato e a atuação do PCC.