Polícia de SP decide tirar arma de bolsonarista que prometeu “lutar” contra a esquerda

Atualizado em 28 de julho de 2022 às 19:32

A Polícia Civil de São Paulo decidiu retirar a arma e o distintivo do delegado bolsonarista Paulo Bilynskyj, após ele publicar vídeos nas redes sociais em que aparece dando tiros, atacando a esquerda e convocando as pessoas para participarem dos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) no feriado de 7 de setembro.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, a Corregedoria da Polícia Civil fez a solicitação pela retirada da arma e do distintivo e o delegado-geral, Osvaldo Nico Gonçalves, concordou com a medida nesta quinta-feira (28). A polícia deve recolher a arma até o fim do dia de sexta-feira (29).

Nos vídeos e fotos publicados, Bilynskyj aparece com a bandeira do Brasil sobre os ombros, segurando um fuzil e diz que seu plano é “lutar com toda força para que não dê merda” nas eleições, se referindo a uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Eduardo Bolsonaro e o delegado Paulo Bilynskyj. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em outro vídeo, um seguidor questiona se ele respeitaria a decisão caso Lula vencesse, ele respondeu que sim, acrescentando que “é por saber que isso vai destruir o Brasil” que tem “trabalhado tanto”. “Não podemos deixar a esquerda voltar”, concluiu.

Em uma publicação mais recente, o delegado bolsonarista aparece em um treinamento de tiro disparando contra alvos. A gravação é em resposta a um seguidor que perguntou se ele participará do 7 de setembro com Bolsonaro e sobre um “possível ataque” no dia. O delegado então afirmou que estará lá e classificou como “fracote” quem não estiver presente.

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