Polícia do MS descarta motivação política na violação de túmulo de mãe de ex-prefeito

Atualizado em 12 de julho de 2023 às 20:48
O ex-prefeito Humberto Amaducci e sua mãe, cujo túmulo foi violado. Reprodução Rede Social

Quatro dias após a violação do túmulo da mãe do ex-prefeito de Mundo Novo (MS), Humberto Amaducci (PT), a autoria e a motivação do crime permanecem desconhecidas. Na quarta-feira (12), as câmeras de segurança finalmente revelaram aos investigadores o momento em que um homem se aproximou do cemitério durante a noite. A partir das imagens e de um boné esquecido dentro do caixão pelo criminoso, a Polícia Civil está trabalhando para identificá-lo.

No dia 8 de julho, poucos dias após o sepultamento de Zilá Ramos Amaducci, de 81 anos, o suspeito entrou no cemitério municipal e quebrou o túmulo de cimento usando um vaso de uma lápide vizinha. Ele retirou a urna e a arrastou por cerca de 5 metros, deixando o corpo de lado no caixão. Os investigadores acreditam que o criminoso tenha tentado removê-lo, mas não teve sucesso. A parte inferior do corpo foi exposta.

Humberto Amaducci, ex-prefeito de Mundo Novo, expressou profundo abalo emocional para sua família diante do acontecido. Embora não queira acreditar que o crime tenha motivação política, esse cenário foi descartado pela polícia, mas a investigação continua. Ele destacou a importância de esclarecer esse crime para evitar que outras famílias sintam a mesma dor.

A cidade de Mundo Novo já possui um histórico trágico, com o assassinato da prefeita Dorcelina Folador em 1999. Ela era filiada ao PT e ligada ao MST, sendo morta a tiros na varanda de sua casa.

A ex-prefeita petista Dorcelina Folador, assassinada durante seu mandato em 1999. Reprodução

O delegado Alex Junior da Silva, responsável pelas investigações em Mundo Novo, afirmou não acreditar em motivação política para o crime. Ele revelou que há cerca de 10 dias ocorreu outro caso semelhante no mesmo cemitério, onde uma ossada enterrada há 15 anos foi violada e ossos foram roubados. A polícia considera como principais hipóteses religião ou até mesmo necrofilia.

Além das imagens captadas pelas câmeras, a polícia encontrou um boné dentro da urna violada, possivelmente deixado pelo suspeito. Esse item está passando por perícia para coleta de DNA e será usado para comparação em um banco de dados. A polícia está realizando exumação e exame médico-legal do corpo para determinar se houve violência.

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul informou que foi acionada no sábado, 8 de julho, pelos funcionários do cemitério municipal de Mundo Novo sobre a violação de uma sepultura. Uma equipe da delegacia esteve no local, realizou levantamentos preliminares e apreendeu o boné, possivelmente utilizado pelo suspeito. O objeto foi encaminhado para perícia a fim de obter informações genéticas.

O delegado Alex Junior da Silva revelou que o suspeito quebrou o concreto do túmulo usando um vaso de outra sepultura e arrastou a urna por cerca de 5 metros. Diversas diligências estão em curso para descobrir a identidade e localização do autor e elucidar a dinâmica completa do crime, registrado como vilipêndio de cadáver.

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