Polícia do Senado nega encontro de Ciro Nogueira com líderes do PCC

Atualizado em 1 de setembro de 2025 às 16:42
Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto em 2021. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A Secretaria de Polícia do Senado Federal esclareceu, nesta segunda-feira (1º), que não há registros de visitas de Mohamed Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva ao gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI) durante o ano de 2024. Os dois são acusados de liderar um esquema de fraudes no setor de combustíveis e de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com o documento oficial, não foram encontrados registros de acessos vinculados aos nomes mencionados. “Em atenção ao solicitado, informamos que não foram encontrados registros de acesso vinculados aos referidos nomes com esse destino no ano de 2024”, afirma o relatório, respondendo a um pedido feito pelo senador, após a publicação de uma matéria no site ICL Notícias.

A matéria divulgada no domingo (31) pelo site afirmava que Mourad e da Silva teriam entregado uma sacola de dinheiro ao senador em seu gabinete, em agosto de 2024. A denúncia foi baseada em uma testemunha anônima. Ciro Nogueira refutou categoricamente as acusações e, em resposta, enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, solicitando que a Polícia Federal realizasse investigações urgentes sobre as denúncias.

Polícia Legislativa do Senado Federal. Foto: Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ofício ao Ministro da Justiça

O senador Ciro Nogueira, por meio de um ofício (OFÍCIO Nº 013/2025/GSCNOG), dirigido ao Ministro da Justiça, pediu a apuração imediata das acusações. No documento, o parlamentar afirmou que as alegações são “gravíssimas e desleais calúnias” e que jamais teve qualquer contato com as pessoas mencionadas na denúncia.

Nogueira também solicitou que a Polícia Federal verificasse os registros de entrada em seu gabinete e nas instalações de Mourad e da Silva, para comprovar que não houve qualquer tipo de envolvimento com as supostas ações criminosas.

Em sua solicitação, Nogueira colocou todos os seus sigilos à disposição para investigação, reiterando que nunca manteve relações com facções criminosas e que a liberdade de imprensa deve ser respeitada, sem que se utilize informações falsas para fins políticos.

O senador também expressou sua confiança de que o combate ao crime organizado não se tornaria uma ferramenta de perseguição política, destacando seu compromisso com o desmantelamento do crime no Brasil.

A investigação está em andamento e a expectativa é de que, nas próximas semanas, o caso seja analisado de forma mais profunda pelas autoridades competentes.