
A Polícia Civil de São Paulo iniciou, na noite de segunda (29), uma operação para prender cerca de 1.400 suspeitos de violência contra mulheres. A ação foi planejada após a Justiça expedir mandados de prisão, com mais de 200 já cumpridos.
Os alvos incluem suspeitos de lesão corporal grave, feminicídio e outros crimes relacionados à violência doméstica. A operação ocorre em um contexto de aumento de casos no estado. Entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados 207, o que representa um aumento de 6% em comparação com o mesmo período de 2024.
Coordenada pelas secretarias da Segurança Pública e de Políticas para a Mulher, a operação mobilizou aproximadamente 1.700 policiais civis, além de mais de mil viaturas. O trabalho está sendo realizado por todas as Delegacias de Defesa da Mulher e pelos Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e da Capital.

A ação tem como objetivo fortalecer a presença do Estado no combate à violência doméstica e garantir que os agressores sejam responsabilizados. A delegada Cristiane Braga, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, enfatizou que a operação “é a resposta para os agressores que imaginavam que poderiam ficar na impunidade”.
O governo estadual, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que a operação faz parte de uma estratégia mais ampla de enfrentamento permanente à violência contra a mulher. Essa abordagem envolve ações repressivas, políticas públicas de prevenção e medidas de proteção às vítimas.
O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico, afirmou a importância da prisão de agressores para a proteção das vítimas. “É uma medida fundamental para preservar vidas, garantir dignidade e demonstrar que o Estado atua de forma firme e coordenada contra a violência doméstica”.