Polícia Legislativa aumenta segurança durante sabatina por ameaças a Dino

Atualizado em 13 de dezembro de 2023 às 12:25
Flávio Dino, Ministro da Justiça. Foto: reprodução

Nesta quarta-feira (13), enquanto se preparava para a sabatina no Senado para a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi alvo de ameaças que levaram a um reforço na segurança do prédio do Senado. A Polícia Legislativa recebeu alertas com informações sobre possíveis agressões ao ministro.

Segundo a jornalista Bela Megale, que ouviu fontes policiais, as ameaças elevaram a necessidade de medidas preventivas tanto na segurança externa quanto interna do prédio. A restrição de acesso ao corredor das comissões, onde a sabatina ocorrerá, foi implementada para evitar possíveis tumultos e gestos hostis contra Flávio Dino e Paulo Gonet, também indicado ao cargo de Procurador-Geral da República (PGR).

Já pela manhã, antes do início da sabatina, um número significativo de pessoas se dirigiu à portaria do Senado, expressando a intenção de visitar os gabinetes de senadores bolsonaristas, como Magno Malta (PL-RS) e Eduardo Girão (Novo-CE). No entanto, muitos foram barrados, chamando a atenção da Polícia Legislativa para esse movimento incomum.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, segue conduzindo as sabatinas e votações, com a análise exclusiva do Senado, sem necessidade de passar pela Câmara.

Flávio Dino em sabatina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a interlocutores que Dino poderia conquistar até 56 votos no Senado, que precisa ratificar o nome, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo

A avaliação mais realista projeta um placar entre 48 e 52 votos favoráveis ao atual ministro da Justiça. O otimismo cresce com a possibilidade de setores do bolsonarismo considerarem dialogar com Dino, caso ele alcance o STF.

Já um levantamento do Estadão indica que 25 senadores estão a favor de Dino, enquanto 23 se opõem à sua indicação. Outros 25 não revelaram suas intenções, e oito não foram contatados.

A pesquisa ouviu 73 dos 81 senadores elegíveis para votar. A base do governo endossa o apoio, enquanto a oposição se une na rejeição ao indicado do chefe do Executivo, que se envolveu em embates com aliados de Bolsonaro.

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