Arthur Lira, presidente da Câmara e chefe do orçamento do país, bem que tentou, mas deputados barraram, pelo menos parcialmente, uma loucura que ele propôs: criar uma polícia secreta e política para Jair Bolsonaro.
O pior não é isso: o foco de atenção do pelotão são as entidades, os movimentos sociais e suas lideranças – para efeito de entendimento do que estamos falando, a decana dos movimentos sociais no Brasil é Erundina.
Trata-se do Projeto de Lei (PL) 1595/19. Ficou conhecido como “PL antiterrorismo” ou “PL de ações contraterroristas”. A ideia é criminalizar os movimentos sociais e atos da oposição.
Em nome do governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou a barbaridade em regime de urgência, sem discussão, sem nada, com aprovação a toque de caixa.
A proposta foi rejeitada com 228 votos “sim” e 199 “não”, mas só apenas o regime de urgência. Uma margem apertada – para a urgência ser aprovada, eram necessários 257 votos “sim”.
Milícia com carteirinha de polícia
Deputados comemoraram a vitória parcial:
– Querem criar uma polícia miliciana bolsonarista e criminalizar os movimentos sociais, diz Jorge Solla (PT-BA). Derrubar o regime de urgente foi uma vitória importante.