‘Milícia para perseguir os movimentos’: Oposição barra ideia de Lira de criar polícia secreta e política para Bolsonaro

Atualizado em 9 de dezembro de 2021 às 8:19
STF Arthur Lira
Arthur Lira está delirando: imagina criar uma polícia secreta para Bolsonaro. Para Bolsonaro?

Arthur Lira, presidente da Câmara e chefe do orçamento do país, bem que tentou, mas deputados barraram, pelo menos parcialmente, uma loucura que ele propôs: criar uma polícia secreta e política para Jair Bolsonaro.

O pior não é isso: o foco de atenção do pelotão são as entidades, os movimentos sociais e suas lideranças – para efeito de entendimento do que estamos falando, a decana dos movimentos sociais no Brasil é Erundina.

Trata-se do Projeto de Lei (PL) 1595/19. Ficou conhecido como “PL antiterrorismo” ou “PL de ações contraterroristas”. A ideia é criminalizar os movimentos sociais e atos da oposição.

Em nome do governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou a barbaridade em regime de urgência, sem discussão, sem nada, com aprovação a toque de caixa.

A proposta foi rejeitada com 228 votos “sim” e 199 “não”, mas só apenas o regime de urgência. Uma margem apertada – para a urgência ser aprovada, eram necessários 257 votos “sim”.

Milícia com carteirinha de polícia

Deputados comemoraram a vitória parcial:

– Querem criar uma polícia miliciana bolsonarista e criminalizar os movimentos sociais, diz Jorge Solla (PT-BA). Derrubar o regime de urgente foi uma vitória importante.