
A Secretaria de Justiça do Espírito Santo afastou os dois policiais flagrados levando um homem preso para almoçar em shopping de Serra (ES). O detento, que havia deixado a cadeia para ir a uma consulta na capital, Vitória, foi visto deixando a viatura sem algemas e entrando em um restaurante com os agentes no último dia 8.
Rafael Pacheco, secretário de Justiça do estado, afirmou que os dois agentes foram identificados e afastados das escoltas de detentos na última terça (12). Também foi instaurado um processo administrativo disciplinar contra os servidores e eles terão que exercer outras atividades dentro da unidade prisional durante a apuração, que deve durar entre 30 e 90 dias.
“Esse detento estava sendo transportada para Vitória por razões médicas. Ele fez uma consulta em uma especialidade que não está disponível na nossa infraestrutura de saúde. Eles vão ter o direito de ampla defesa e de dar as suas respostas a esse evento e o que vai acontecer com eles é uma decisão da Corregedoria”, afirmou o secretário.
?BRASIL: Detento sai de viatura sem algemas e almoça com policiais em restaurante no Espírito Santo pic.twitter.com/SWIz4XGYsA
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O homem, que não teve o nome revelado, foi preso há três anos por homicídio e cumpre pena em regime fechado em unidade de Linhares, região norte do estado. Ele tem um “excelente comportamento” e “vem progredindo bem no caminho para a soltura”, segundo Pacheco, mas as ações dos policiais “precisam ser refletidas”.
O secretário afirma que o preso deveria estar algemado e que essa é a regra para transporte de detentos em locais públicos. “A regra não é essa. A regra é ele estar algemado porque um ambiente público vai tornar mais difícil a contenção e você está em uma escolta policial. Qual a ponto de atenção de uma escolta policial? A fuga. Ele sem algemas pode facilitar a fuga e dificultar a reação e o controle policial”, prossegue.
Para Pacheco, o problema não foi almoçar no restaurante, mas a conduta dos policiais com o preso. “Eu acho que havia a possibilidade de você fazer aquela refeição ali, mas isso tinha que ser feito de uma forma correta até para você preservar o local e o próprio interno”, completou.
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