Policial Militar provoca manifestantes durante ato pela prisão de Bolsonaro

Atualizado em 13 de dezembro de 2024 às 11:14
Policial militar debocha de manifestantes durante ato na Avenida Paulista, na terça-feira, 9 de dezembro de 2024 – Foto: Reprodução

Na tarde de terça-feira, 9 de dezembro, às 17h, manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista, em frente ao Trianon-Masp, para um ato em favor da prisão de Jair Bolsonaro. O protesto ocorreu de forma pacífica, percorrendo parte da avenida no sentido Estação Consolação.

Durante o trajeto, motoristas que passavam pela via ofenderam os manifestantes. Entre as provocações, um deles gritava frases como: “trabalhar ninguém quer” e “bando de vagabundo”. Aproveitando uma parada no trânsito, o motorista conversou com um policial militar próximo. Em vez de manter a neutralidade esperada de um agente de segurança pública, o policial ironizou os manifestantes ao dizer: “faz o L”.

O repórter do DCM, Fabrício Rinaldi, questionou o policial: “As pessoas não podem fazer o L?”. O agente, entretanto, tentou minimizar a situação, afirmando que não havia dito nada de anormal.

A postura do PM, no entanto, representa uma quebra dos princípios institucionais que exigem neutralidade e imparcialidade das forças de segurança, especialmente durante manifestações populares. Sua conduta caracterizou-se como um gesto político contrário à pauta do ato, reforçando a percepção de parcialidade por parte de alguns agentes do Estado em um cenário de polarização política.

O episódio suscita reflexões importantes sobre o papel das forças de segurança em contextos de alta tensão política e a necessidade de garantir que seu comportamento esteja em conformidade com as normas institucionais. Em um momento de profunda divisão no país, a imparcialidade dos agentes públicos é indispensável para preservar a confiança nas instituições democráticas.

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