
Crédito: U.S. Air Forces Central Command
Durante a Cúpula do Brics no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) acionou caças Super Tucano para interceptar três aeronaves que invadiram o espaço aéreo restrito criado especialmente para o evento. As ações ocorreram no sábado (5) e neste domingo (6), segundo informou o tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), em entrevista à CNN.
Os aviões interceptados pertenciam à aviação geral e entraram inadvertidamente na área de exclusão, segundo avaliação preliminar. “Elas foram orientadas a sair das áreas de exclusão e obedeceram a ordem. Os caças atuaram no sentido de acompanhar essas aeronaves”, explicou Fernandes. A FAB agora investiga as causas da violação, que pode ter ocorrido por falha de navegação.
Para garantir a segurança do evento, que reúne chefes de Estado e outras autoridades internacionais, a FAB reforçou o monitoramento com uso de caças A-29 Super Tucano e F-5M armados com mísseis. Essa é a primeira vez que a Força utiliza armamento real em esquema de defesa aérea de uma cúpula internacional no país.

A região ao redor do Museu de Arte Moderna (MAM), onde ocorrem as reuniões do Brics, foi cercada por três camadas de restrição aérea. A mais ampla, com raio de 150 km, proíbe voos de instrução, turísticos, acrobáticos, agrícolas, drones e parapentes. A mais próxima, de cerca de 1.350 x 955 metros, abrange o trajeto entre o museu e o aeroporto do Galeão.
Além disso, apenas aeronaves envolvidas na operação de segurança ou nos deslocamentos oficiais da cúpula têm autorização para circular no raio de 10 km. O helicóptero de resgate da própria FAB é o único autorizado a atuar na zona de segurança máxima, entre o local do evento e o aeroporto.
O esquema de segurança aérea segue o mesmo padrão utilizado durante a Cúpula do G20, em 2024, e reforça o compromisso do Brasil em garantir a integridade dos encontros multilaterais. A presença de armamentos e áreas de exclusão visam agilizar a resposta a qualquer ameaça e dissuadir ações não autorizadas no espaço aéreo da capital fluminense.