
O shutdown governamental de 43 dias sob o presidente Trump, de 1º de outubro a 12 de novembro de 2025, paralisou o Congresso por falta de acordo orçamentário sobre gastos sociais. Essa interrupção direta causou a suspensão de repasses do SNAP, programa federal de food stamps para 42 milhões de beneficiários, agravando a fome para 47,4 milhões de americanos.
Beneficiários em estados como Flórida e Califórnia viram geladeiras esvaziaram completamente, com famílias sobrevivendo de picles ou iogurte durante semanas sem os US$ 190 mensais médios. Escolas perto do Capitólio em Washington organizaram coletas inéditas de alimentos para alunos afetados pela falta de benefícios.
O impasse entre Trump e democratas no Congresso bloqueou US$ 8 bilhões mensais do SNAP, esgotando fundos de contingência de US$ 6 bilhões e criando um rombo de US$ 2 bilhões só em novembro. Juízes federais ordenaram pagamentos integrais, mas a Suprema Corte suspendeu, permitindo apenas parcelas parciais.

Cortes propostos por Trump na lei “One Big Beautiful Bill Act” de julho visavam reduzir US$ 186 bilhões do SNAP em uma década, focando em adultos sem emprego. O shutdown acelerou o colapso, com 16 milhões de crianças e 8 milhões de idosos dependentes expostos à insegurança alimentar severa.
Ramona Chatman-Morris, assistente social na Califórnia, atendeu casos de aposentados limitados a pasta de amendoim de kits de emergência, contrastando com luxo próximo. Eric Dunham em Houston dependia totalmente de vales para refeições básicas, destacando a fragilidade revelada pela paralisação.
Kai Eden, de Michigan, racionou frango e tortilhas por mais de um mês, temendo rotular como “fraude” após retomada parcial. O governo Trump anunciou recadastramento de todos os 42 milhões e cancelamento da pesquisa anual de fome, ocultando dados sobre o impacto do shutdown.
Mudanças impostas incluem 80 horas de trabalho mensal para adultos de 18-64 anos, corte de benefícios sem idosos/deficientes e restrições a imigrantes/refugiados. Especialistas preveem milhões excluídos, ampliando a crise iniciada pela falta de financiamento durante a paralisação.