Por Nathalí
A socióloga Rosângela Silva, carinhosamente apelidada de Janja, tornou-se uma pedra no sapato dos bolsonaristas (e de certos esquerdomachos).
Janja brilha na campanha do marido e isso incomoda a quem só tem uma esposa cuja família em peso já foi acusada de alguma falcatrua, que atende pela alcunha de “Micheque”, tem o carisma de um poste e a reputação mais suja que pau de galinheiro.
Eles não aceitam que o futuro presidente — perdão, mas não me contive — tenha o direito de amar e ter brilho nos olhos.
Não aceitam que o luto pela falecida esposa – que eles, por meio de calúnias e perseguição incansável, ajudaram a matar – tenha terminado e que aquele que elegeram como principal inimigo tenha ainda o direito de ser feliz.
Diferentemente de Bolsonaro, que escolhe mulheres jovens, bonitas e capazes de serem uma extensão de seu próprio ego e, quando envelhecem, troca-as por outra mais nova, como se troca um pneu de carro que já não serve ao seu ofício, Lula escolhe o amor.
Como esquecer que Bolsonaro chegou a curtir um meme sobre a esposa do presidente francês Emannuel Macron, sugerindo que era feia e velha demais para uma primeira-dama, e criando um desconforto diplomático que tem consequências até hoje?
É assim que o bolsonarismo enxerga as mulheres: objetos a serem ostentados, e não seres humanos com seus próprios desejos.
Pessoas com esses valores não aceitam que, para nós, as coisas não funcionem assim. Não aceitam que Lula escolha uma companheira, e não um objeto decorativo: uma mulher que o apoie na vida e – por quê não? – na campanha.
Eles não odeiam apenas Janja e sua figura carismática e alegre. Odeiam o fato de seu maior inimigo estar feliz, e de ter encontrado essa felicidade em uma mulher comum, divertida, humana.
Não aceitam e não aceitarão jamais que Lula está livre, amando e será o próximo presidente do Brasil.
E daí que Janja humaniza a campanha? Isso significa necessariamente que o casamento serve a esse objetivo?
Claro que não.
O amor humaniza. E disso eles jamais saberão.
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