
Foto: Reprodução
Por que Flavio Dino se sai tão bem no debate? Lembrei um antecessor dele, Zé Eduardo Cardoso, que falou muito bem na defesa de Dilma Rousseff. No processo pelo Senado. Zé Eduardo parece com Dino, em termos de raciocínio e de velocidade na fala. Domina perfeitamente os assuntos.
Mas houve duas grandes diferenças. A primeira, o contexto histórico. Zé Eduardo falava num contexto de ódio ao PT. Lutou heroicamente, mas não havia como ganhar. Dino se expressa num outro momento, quando a maré virou.
Mas, além disso, Dino maneja muito bem a ironia e eventualmente um sarcasmo leve. Quando diz a Do Val que, se esse é da SWAT, ele é dos Vingadores, mostrando que conhece a cultura pop; ou, a Sergio Moro, que jamais fez conluio com o Ministério Público, cutucando a ferida que desmoralizou o homem de poucas letras: vejam, Dino circula muito bem entre o registro pop e o erudito.
A velocidade no raciocínio e na fala também o favorece, porque assistimos a uma inteligência em ação. Já, para quem não domina a erudição, a ironia impacta. A Flavio B ele fala em milícias: para cada um, Dino tem a flecha certeira. Isso é o que o faz ser, afinal, um show.
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