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Sergio Moro defende os cigarros como nunca um ministro defendeu, e artistas aparecem fumando na nova novela da Globo, A dona do pedaço.
Enquanto isso, as estatísticas mostram que o número de fumantes vem caindo todos os anos.
As fumageiras não podem perder mercado e jogam pesado, com apoio do xerife da Lava-Jato. Mas é fácil entender a cumplicidade da Globo, que faz tudo por merchandising e dinheiro.
Mas qual é a explicação para o empenho de alto risco do ex-juiz em defender o cigarro nacional? O que Sergio Moro ganha com isso?
Sim, eu sei que ele diz defender o cigarro nacional porque o contrabandeado é mais nocivo á saúde. O nível geral de imbecilidade não pode ter chegado ao ponto de aceitar essa explicação.
A pergunta que se impõe é esta: por que Sergio Moro, em meio a tantas preocupações com tiros, balas e fortes emoções, defende o cigarro?
.x.x.x.
PS: Informações para reflexão:
A Globo publicou ontem no Fantástico longa reportagem sobre fábricas clandestinas de cigarros e mencionou a alta tributação do produto, que Moro quer reduzir.
No Brasil, a Philip Morris Internacional tem sede em Curitiba, a cidade de Sergio Moro e do advogado e lobista Carlos Zucolotto Júnior, padrinho de casamento do ex-juiz.
Em sua página na internet, a empresa apresenta argumentos hoje usados por Moro na defesa da redução de tributos para a indústria de cigarro.
Diz a Philip Morris:
“Nos esforçamos para ser uma empresa com responsabilidade social e ambiental e estamos dedicados a combater o comércio ilícito de cigarros.”
“Os nossos produtos são a escolha de 150 milhões de consumidores no mundo, e para aqueles que escolherem continuar fumando, vamos continuar oferecendo produtos da melhor qualidade.”
Pelo que diz, Moro assina embaixo.
É sabido que o ex-juiz gosta de charutos — mas os melhores são de Cuba, não da Philip Morris.