Por que não respondi às perguntas que a Globo está mandando aos candidatos. Por Lindbergh Farias

Atualizado em 25 de agosto de 2018 às 18:38
Lindbergh Farias. Imagem: Evaristo Sá / AFP

O senador Lindbergh Farias, do PT, recebeu um questionário do jornal O Globo e decidiu não responder. Os temas abordados eram o judiciário, os jogos de azar, a união afetiva e a maconha.

Lindbergh enviou um depoimento ao DCM sobre sua recusa:

Recebi 15 perguntas do jornal O Globo com o suposto objetivo de divulgar as opiniões dos candidatos.

Minhas opiniões e posições a respeito dos 15 temas apresentados são de conhecimento público e divulgadas permanentemente nas minhas redes sociais.

Decidi não atender à demanda do jornal carioca como uma forma de protesto contra a sua postura sempre parcial na cobertura dos fatos e dos principais personagens da política em nosso país.

O Grupo Globo é um dos grandes responsáveis pela ruptura democrática que colocou Michel Temer no poder.

Eles também são co-responsáveis pela aprovação da reforma trabalhista e por essa política econômica que beneficiou banqueiros e grandes empresários às custas do sacrifício e da perda de direitos do povo trabalhador.

Por último, sua influência junto ao poder judiciário é o que provocou a prisão ilegal, covarde e injusta de Lula, o maior presidente da história do Brasil.

A perseguição da justiça promovida pelo Grupo Globo não se restringe ao presidente Lula. Ela se estende a todos aqueles que defendem ele e seus ideais de justiça social, sobretudo às lideranças do PT.

Eu mesmo, apenas no último mês, fui alvo de duas notícias fantasiosas (fake news) a respeito da minha conduta como parlamentar e de quando fui prefeito de Nova Iguaçu.

Acredito que todos aqueles que lutam pela verdade e pela democracia, não deveriam dar nenhum tipo de colaboração a um grupo midiático que, há 50 anos, faz uso de seu imenso poder para distorcer fatos e manipular nossa população (muitas vezes com Fake News).

Sempre fizeram isso para influenciar o resultado das eleições e fazer prevalecer seus interesses econômicos, quase sempre antagônicos ao interesse público.

Por isso, como forma de protesto, decidi não atender à demanda de O Globo.

Não vou contribuir com um veículo parcial e que tanto mal faz à nossa democracia e ao nosso povo.