Por que o dono da Havan não doou nem um amendoim para a ‘ajuda humanitária’ à Venezuela?

Atualizado em 24 de fevereiro de 2019 às 17:15
Luciano Hang, dono da Havan

No trem fantasma que tomou o Brasil com a vitória de Jair Bolsonaro, poucas figuras são tão marcantes quanto Luciano Hang.

O dono da Havan, enrolado na Justiça, tornou-se a apoiador de primeira hora de Jair, repetindo os mesmos mantras imbecis sobre o comunismo, a família tradicional, a corrupção — e a Venezuela.

Curiosamente, o voluntarioso Hang não se manifestou sobre a contribuição que poderia dar aos hermanos famintos.

Chamou atenção a mixaria da carga das duas picapes que foram barradas na fronteira em Roraima.

O conteúdo supostamente deveria durar um mês para 6 mil pessoas.

Havia arroz (doado pelos Estados Unidos) e leite em pó (brasileiro). 

Hang falou da Venezuela nos últimos dias.

“Maduro queima comida e deixa população passando fome. É a ditadura da miséria”, escreveu.

“A Venezuela conseguiu implantar a ditadura comunista com êxito. O PT também tentou mas não esperavam a lava jato e a incompetência da Dilma no meio do caminho”.

Etc.

Menos conversa e mais ação, talquei?

Ele precisa se espelhar no exemplo de Alexandre Frota, que já se voluntariou para ir para o front, se coçar e doar parte do que tem nas prateleiras de suas lojas.

Claro que não vai se mexer.

Hang é qualquer coisa, menos bobo.