HÁ UMA GRANDE DISPUTA entre a direita brasileira para ver quem será seu candidato viável em 2018, João Doria ou Jair Bolsonaro.
Embora o segundo tenha mais pontos nas pesquisas de opinião – vantagem de quem está na pista há tempos -, o primeiro seria mais palatável a um tipo de reacionarismo que tenta não se ver como troglodita.
Os movimentos de ambos são topicamente opostos. Bolsonaro busca vender uma imagem civilizada, como informa a coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Seu lema poderia ser “Hay que perder la ternura sin edurecer”. Ou seja, manter o caráter de extrema direita com menos arestas para um público mais amplo.
JÁ DORIA ELEVA O TOM dos ataques a Lula e adota um brutalismo verbal crescente. Deve avaliar ter consolidado a imagem de riquinho trabalhador junto à classe média e teria de buscar ampliar seu patamar ao redor dos 10% junto à tigrada que tende a votar no neandertal do PSC. Em uma palavra, Dória quer se bolsonarizar para aparecer como candidato indiscutível de todas as facções da direita.
Para tenham êxito em nesses caminhos, é preciso manter a conjuntura nacional em êxtase antilulista permanente. A tarefa está a cargo da mídia e do judiciário. Não basta criar um demônio.
É preciso que ele siga no jogo até o ponto em que a disputa interdireita se resolva. É por isso que Dória já deu declarações em Nova York, nas quais diz preferir que Lula concorra. Assim, segue com um alvo claro e um discurso na ponta da língua.
Moro ou outro celerado pode até decretar a prisão de Lula agora. Mas não é o melhor caminho para os estrategistas refinados da reação. A esses vale esticar ainda mais a corda.
Com Lula desde já fora do páreo, a tensão pode esfriar e – perigo – a gravíssima situação econômica pode assumir o centro da cena.
A equação a ser resolvida é: Lula no papel de vítima só faz crescer, como vários deles reconhecem. As diversas facções da direita parecem não ter se entendido sobre mais esse ponto.
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