Por que só o fumo é proibido nos aviões e não os bebês que choram por 11 horas?

Atualizado em 20 de setembro de 2012 às 18:28
Ah, os velhos tempos

Há alguns anos, um empresário alemão anunciou que pretende lançar um avião para fumantes. Quer ganhar dinheiro às custas dos milhões de viciados, que passam um aperto danado, quando obrigados a ficar mais de 20 minutos sem sua dose de nicotina. Os voos inaugurais seriam entre Dusseldorf e Tóquio (a Alemanha e o Japão são os países com maior número de tabagistas no mundo). O próximo passo do criador da Smintair – Smoker’s International Airways – é passar o chapéu atrás de investidores.

Eu contribuiria com uns caraminguás. Não apenas porque fumo. Mas pela coragem do senhor Alexander Schoppmann de ter essa ideia em um planeta cada vez mais politicamente correto e hipócrita. A Califórnia do Governator agora classifica a fumaça do cigarro como poluição do ar; a Espanha (a Espanha!) proibiu A Coisa em praias, bares e restaurantes.

Não é uma gracinha?

Agora temos de ampliar essa “segmentação” para outras categorias de passageiros que, apesar de incomodar, nunca são vítimas da mesma animosidade. Criemos companhias exclusivas para:
1• mães com bebês de colo – não bastasse a criança chorando, ainda há a sensação de
que ela não merece sofrer o inferno da classe econômica;
2• gordos – podemos estabelecer um limite de peso. A ver;
3• franceses e outros que não tomem banho;
4• franceses;
5• para quem leva marmitinha, comidinha etceterazinha;
6• para quem gosta de aplaudir a aterrissagem;
7• casais que se alisam debaixo das mantas;
8• adolescentes que falam alto, tiram o tênis ou brigam com os pais;
9• oficiais de imigração americanos – imagine eles dialogando entre
naquele tom amistoso;
10• antitabagistas

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