Por que você precisar ver “Zaatari”, filme sobre o cotidiano de um acampamento de refugiados sírios

Atualizado em 3 de junho de 2019 às 9:48

Um campo de refugiados com 80 mil habitantes. 

Isso é Zaatari.

Em condições precárias, já são 8 anos de guerra consumindo um povo guerreiro e criativo apinhado em cabanas rudimentares num cenário apocalíptico.

Entre 15 e 20 mil adolescentes cheios de esperanças e sonhos arrancados, afastados de suas casas, tendo a única expectativa de vida nada além dos infindáveis conflitos armados.

A tragédia vivida pela guerra civil na Síria, com o papel de Estado Islâmico, EUA, Israel e Rússia, resultou na diáspora dos tempos modernos.

Um país está abandonado em meio ao deserto da Jordânia.

Essa tragédia gerou um documentário que é um relato humano entre costuras no cotidiano de alguns personagens colhidos a dedo pelo diretor Paschoal Samora.

Como encontrar vida e o amor desses desterrados, resgatando imagens e os poucos sorrisos entre bombeiros e blindados?

Famílias reclusas e dilaceradas, privados de direitos em um imenso barril de pólvora.

Um retrocesso bárbaro, em meio a brigas religiosas travestidas de razões políticas.

Um paralelo futurista para “a nova ordem” brasileira, onde apoiadores desse desgoverno pregam segregação e o obscurantismo cultural.

Tempos duros e realidade distorcida em que os novos “gurus” querem destruir universidades e ensinar que a Terra é plana.

O documentário é um relato de resistência e esperança em meio à devastação de uma nação condenada à dor há quase uma década.

Serviço

São Paulo:

Espaço Itaú de Cinema- Shopping Frei Caneca (3º Piso) 

Sala 4, às 14 e às 22 horas

Rua Frei Caneca, 569 – Consolação

Rio de Janeiro:

Espaço Itaú de Cinema Botafogo

Sala 5, às 20 horas

Praia de Botafogo, 316 – Botafogo