Pororoca deixa de existir em rio por avanço do agronegócio

Atualizado em 11 de julho de 2021 às 17:27
A pororoca no Araguari. Bons tempos… Foto: Reprodução/Estadão

Pororoca era um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com a maré do oceano Atlântico. Era. Está deixando de existir.

LEIA – Quem quer o golpe? Guedes usa ameaça de ‘pedalada’ para garantir dinheiro fácil ao agronegócio

Na Pororoca, rio e mar se confrontavam, criando uma onda que percorria mais de 10 quilômetros. Gente de todo o mundo desembarcava no Amapá em busca da onda perfeita.

LEIA MAIS – “Poderíamos esbofetear a China e ela ainda compraria nossa soja”, diz empresário bolsonarista do agronegócio

Enquanto o Instituto Chico Mendes diz que criação de búfalos criou valas que drenaram o curso d’água e acabaram com a pororoca, a Federação de Pecuária do Amapá alega que outros fatores devem ser considerados para o fim do fenômeno natural que já atraiu gente do mundo inteiro pro norte do Brasil. O encontro de águas, do rio Araguari com o Oceano Atlântico, foi afetado e, desde 2013, a pororoca não mais acontece.

Segundo o ICMBio, a atividade pecuária, principalmente a criação de búfalos, criou valas e canais que drenaram o curso d’água. A Federação de Pecuária do Amapá alega que outros fatores devem ser considerados pra explicar o fim da pororoca.  Iraçu Colares, presidente da federação afirma que a presença de hidrelétricas também afetam o fenômeno.

Com informação do Mar Sem Fim, site do jornal O Estado de S.Paulo.