Meninas esquisitinhas fazendo um rock surpreendentemente bom

Atualizado em 29 de janeiro de 2013 às 21:25

Por que vale a pena conhecer a banda Haim, formada por três irmãs da Califórnia

As meninas do Haim
As meninas do Haim

Meninas esquisitinhas fazendo um rock inesperadamente bom.

Se você leu a primeira frase, já sabe exatamente o que é a Haim (fala-se Háim), trio americano formado pelas irmãs Danielle, Este e Alana. É isso, sem pôr nem tirar.

Falo sobre a Haim porque elas ganharam um prêmio da BBC. Foram consideradas algo como uma aposta para o ano que vem. São apostadores respeitáveis, é bom lembrar, porém questionáveis. Adele, Jessie J, 50 Cent já ganharam o prêmio; ao mesmo tempo, Michael Kiwanuka, Ellie Golding, Little Boots também. Isto é, não é garantia de sucesso. Mas, sim, significa que um bom trabalho de base está sendo feito.

Mas é um prêmio de mercado, não é um prêmio artístico. É uma aposta mercadológica. O que não tira necessariamente os méritos artísticos de quem ganha.

No caso da Haim, estamos falando de boa música. Resgata uma sonoridade dos anos oitenta com um pouco de atraso, é verdade, mas são composições musicalmente legais. As letras são adolescentes, mas a voz agravada da líder Danielle diminui essa sensação.

Eu gosto muito dos vocais. Gosto do estilo rítmico do canto. Este, aliás, é o grande barato do novo single, “Don’t Save Me”, para mim muito melhor que o anterior, “Forever”.

As meninas, que começaram a carreira em 2005, têm, além da música, um fator a seu favor: uma esquisitice misturada com segurança. Parecem, nesse sentido, o Psy. Fazem uma dança bizarrinha, meio torta, não têm andar de modelo, não chamam atenção por uma beleza Marylin Monroniana. Mas têm charme.

A Haim não será o Psy. Diria que tampouco será a Adele. Mas é um bom lançamento, que tende a fazer sucesso. Valeu a pena conhecer. Acredito que valerá para você também.