
Desde que o presidente Jair Bolsonaro declarou que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves pode disputar o Senado por São Paulo, pré-candidatos que esperavam o apoio do presidente ficaram descontentes.
Janaína Paschoal, a deputada estadual mais votada da história do país, tinha a expectativa de receber apoio de Bolsonaro para concorrer ao Senado, mesmo depois de criticar seu governo. No entanto, para assegurar seu apoio a parlamentar voltou a acenar para a base bolsonarista nos últimos meses e começou a trabalhar por uma aliança com Tarcísio Freitas.
Quando Bolsonaro declarou o convite a Damares, Janaína disse que o presidente gosta de prejudicar a direita e que já teria feito isso em 2020 e estaria fazendo de novo. Conforme informações do O Globo.
“Ele quer vassalos. Nada além disso. E ele sabe que eu não sou”, disse a deputada.
“É preciso lembrar que o Senado é a casa em que o estados são representados. Quanto às pautas conservadoras, para defendê-las, é preciso bem mais do que dizer que menina veste rosa e menino veste azul” afirmou ela, se referindo à polêmica que ministra desencadeou em 2019.
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A pré-candidatura de Janaína será mantida
“Com a habilidade que Bolsonaro tem para re(unir) a direita, em 23, teremos um Senado vermelho, para dar sustentação a Lula.”, disse Janaína nas redes sociais.
De acordo com a deputada, a pré-candidatura está mantida mesmo sem o apoio do presidente.
“Eu anunciei minha pré-candidatura bem antes, não pedi aval, nem apoio de ninguém”.