
A leve possibilidade de que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode disputar a Presidência em 2026, no lugar do pai, Jair Bolsonaro, desencadeou uma movimentação nos bastidores entre nomes da direita interessados na vaga ao Senado por São Paulo, segundo o Estadão.
Inicialmente, a chapa estava fechada com Eduardo e Guilherme Derrite (PP), atual secretário de Segurança Pública e nome indicado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com isso, nomes passaram a se movimentar e tentar a cadeira do filho “03”. O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) é considerado favorito para ocupar o lugar de Eduardo. Pastor e no quarto mandato, Feliciano já foi preterido em 2022 por Marcos Pontes. Em entrevista, Jair Bolsonaro chegou a demonstrar arrependimento pela escolha. Ao Estadão, Feliciano afirmou que apoia Eduardo, mas que está à disposição caso ele não concorra.
Outro nome que busca espaço é o deputado Cezinha de Madureira (PSD), também pastor e com bom trânsito entre bolsonaristas e ministros do STF, como André Mendonça e Nunes Marques. Seu partido, no entanto, prioriza emplacar Gilberto Kassab como vice de Tarcísio, o que pode dificultar seu caminho.
Mário Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura, nega pretensões ao Senado. Já Lucas Bove (PL-SP), deputado estadual próximo a Bolsonaro e ligado ao agronegócio, é cotado, mas afirma buscar apenas a reeleição — apesar de ser um dos mais presentes no entorno do ex-presidente.
No entanto, ainda não há uma ala na centro-direita que vê Eduardo dentro da corrida eleitoral. A avaliação é de que a articulação dele por sanções dos Estados Unidos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes pode levar à sua condenação no Brasil, tornando-o inelegível. Ele é alvo de inquérito atualmente.
Outra possibilidade considerada seria lançar nomes ligados ao bolsonarismo em outros estados para disputar a vaga por São Paulo, entre eles, Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Apesar disso, líderes do PL avaliam que o “filho 02” deve mesmo disputar por outro estado que não seja o Rio de Janeiro, mas, sendo possivelmente Santa Catarina.