Post que pode virar prova contra Bolsonaro no 8/1 é recuperado

Atualizado em 15 de dezembro de 2023 às 12:54
Jair Bolsonaro, ex-presidente, e Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

O post golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro feito dois dias após o ataque terrorista de 8 de janeiro foi recuperado e poderá ser usado contra ele como prova de incitação aos atos. A Meta, dona do Facebook, afirmou que não tinha mais o conteúdo em seus servidores, mas um site conseguiu armazenar a publicação antes de sua exclusão.

O Metamemo, que não tem relação com a dona do Facebook, capturou o post de forma automatizada enquanto ele ainda estava disponível na conta do ex-presidente e armazenou o conteúdo junto de outras informações sobre a publicação. O registro precisará passar por uma perícia externa para que seja usada como prova pelo Judiciário.

No dia 10 de janeiro, Bolsonaro publicou o vídeo de um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez que com ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Na gravação, ele dizia que “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”.

A publicação foi utilizada em pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o ex-presidente no inquérito que apura a instigação e a autoria intelectual do ataque. Em depoimento à Polícia Federal em abril, Bolsonaro admitiu ter publicado o vídeo, mas alegou que fez o post por engano, sob efeito de medicamentos.

Ele queria enviar o arquivo para o seu próprio WhatsApp e assisti-lo posteriormente, segundo seu advogado, Paulo Cunha Bueno.

Post golpista feito por Jair Bolsonaro dois dias após os ataques de 8/1. Foto: Reprodução

No último dia 5, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a Meta fornecesse os dados. O magistrado acatou pedido da PGR, que já havia solicitado a preservação do conteúdo em janeiro deste ano e reiterou o pedido no início do mês.

A Meta alegou que não foi intimada da decisão de janeiro e que não tinha mais o conteúdo disponível em seus servidores.

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