Preocupação: governo Lula já se prepara para possível vitória de Trump nos EUA

Atualizado em 11 de março de 2024 às 11:04
Trump e Lula. Foto: reprodução

As eleições americanas estão previstas para novembro deste ano, mas o desempenho de Donald Trump, ex-presidente republicano, nas primárias e pesquisas já está gerando preocupações entre os integrantes do governo Lula, conforme informações do Globo.

Há avaliações em Brasília de que uma eventual volta de Trump à Casa Branca poderá não só impactar a política externa brasileira, mas também o cenário doméstico, potencialmente aproximando os EUA do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2023).

Outras preocupações incluem o possível enfraquecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a perspectiva de reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Na recente Super Terça, em que 15 estados e um território realizaram primárias, tanto Trump quanto o presidente democrata Joe Biden confirmaram seu favoritismo, vencendo praticamente todas as votações. Isso abre caminho para uma revanche entre Biden e Trump em oito meses.

Segundo um membro do governo, a candidatura de Trump pode ser analisada sob duas perspectivas.

Internamente, uma vitória de Trump fortaleceria a direita global, o que poderia afetar o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente expressou preocupações sobre o aumento da extrema-direita global. Espera-se que uma vitória de Trump consolide uma aliança entre os “trumpistas” e aliados de Bolsonaro.

Trump não poderá ser reeleito em 2028 se voltar à Casa Branca
Donald Trump. Foto: reprodução

Externamente, Lula poderia buscar um “modus vivendi”, um arranjo para a coexistência pacífica entre partes conflitantes. Apesar de ter tido uma relação mais favorável com o republicano George W. Bush em mandatos anteriores, Lula declarou recentemente seu apoio à reeleição de Biden.

“Espero que o Biden ganhe as eleições. Espero que o povo possa votar em alguém que tenha mais afinidade. Tenho visto o Biden em porta de fábrica. O discurso do Biden desde o começo até agora é em defesa do mundo do trabalho”, afirmou Lula.

Para o governo brasileiro, Trump representa um potencial refluxo na política externa americana, com possíveis impactos no comércio não só com o Brasil, mas também com o resto do mundo.

Há incertezas em Brasília, incluindo dúvidas sobre uma possível aliança entre Trump e o presidente ultradireitista argentino, Javier Milei, em áreas de interesse do Brasil. Um vídeo viral mostrou Milei reagindo entusiasticamente ao encontrar Trump em um evento, levantando questões sobre possíveis colaborações futuras.

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