O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), ainda não encaminhou as denúncias que afirma ter contra o padre Júlio Lancellotti à Arquidiocese de São Paulo.
A instituição da Igreja Católica, por meio de um ofício enviado ao vereador em 8 de janeiro, solicitou o material, porém, até a última sexta-feira (19), não havia recebido as informações, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
Segundo fontes ligadas à circunscrição eclesiástica, Milton Leite entrou em contato sugerindo um encontro com o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, que se colocou à disposição para recebê-lo. No entanto, até o momento, nenhuma reunião foi agendada.
No início deste mês, Leite mencionou ter recebido acusações “de extrema gravidade” contra o pároco e prometeu encaminhá-las ao Ministério Público de São Paulo, à CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e ao Vaticano. O teor das acusações ainda não foi revelado.
A Arquidiocese, em nota enviada à coluna Painel, afirmou desconhecer o conteúdo das supostas acusações feitas pelo vereador Milton Leite e lamentou não ter sido devidamente informada sobre o assunto.
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) está articulando a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs para fevereiro. Oficialmente, a investigação tem como foco o trabalho de organizações no centro de São Paulo, mas nas redes sociais e em entrevistas, Rubinho deixou claro que o principal alvo é o padre, a quem critica.
O padre Júlio, por sua vez, afirmou não fazer parte de nenhuma ONG e não ter envolvimento em projetos com dinheiro público, questionando a necessidade de ser investigado nesse contexto.
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