O presidente do PL na Bahia e deputado federal, José Carlos Araújo, decidiu “não pagar pra ver” e entregou a sua carta de desfiliação do PL nesta quarta-feira (9). Ele é aliado de ACM Neto (União Brasil), que pretende sair candidato a governador, e já havia afirmado que deixaria a legenda caso o atual ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, João Roma, saísse candidato ao governo do estado.
A possibilidade é defendida pelo próprio presidente, que espera garantir palanque no quarto maior colégio eleitoral do Brasil. A proposta, no entanto, enfrenta resistência no Republicanos, que faz parte da base aliada de Bolsonaro.
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Bolsonaro estaria de olho em aliança com João Leão
Outra possibilidade para solucionar o impasse seria apoiar a candidatura do atual vice-governador do estado, João Leão (PP), partido aliado do Palácio do Planalto. Leão e o PP fazem parte de uma aliança com o PT na Bahia, que parece ter sido coloca em cheque.
Diante desistência dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) de concorrer ao pleito, Leão era considerado o sucessor natural do grupo para a vaga. Porém, na última segunda-feira (7), Jaques Wagner anunciou que o PT terá um candidato próprio na eleição para governador na Bahia e que o governador Rui Costa não disputará uma vaga no Senado.
Entre os cotados, estariam o o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues; o secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, João Leão afirmou que “o PP da Bahia precisa refletir sobre seu futuro nas eleições estaduais deste ano”, o que também passaria pela possibilidade da candidatura própria. Ainda assim, Leão deixou claro que conversará com petistas, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.