Presidente do STM critica Bolsonaro: “Um erro um governo com tantos militares”

Atualizado em 17 de março de 2024 às 13:06
Francisco Joseli Parente Camelo. (Foto: Reprodução)

Francisco Joseli Parente Camelo, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), expressou sua opinião sobre a presença de militares no governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, chamando-a de erro. Ele fez esses comentários durante uma entrevista ao programa CNN Entrevistas no sábado (16).

“Acho [que foi um erro], não podemos ter um governo com tantos militares”, afirmou.

Parente Camelo enfatizou a importância de os militares estarem subordinados ao poder civil e destacou que o ministro da Defesa deve ser civil. Ele ressaltou que os militares têm competências específicas, como garantir os poderes constitucionais e a ordem pública, e não devem se envolver na política.

O presidente do STM afirmou que os militares devem trabalhar dentro de suas competências, protegendo as fronteiras terrestres, marítimas e aeroespaciais, além de ajudar a população em momentos de desastres e calamidades, desempenhando essas funções com excelência.

“Nós, militares, temos que estar subordinados ao poder civil. O ministro da Defesa tem que ser civil. Nós temos a nossa competência como prevê a Constituição, a garantia dos poderes constituições e da lei da ordem. É para isso que temos que nos preparar e não se misturar com a política”, disse.

“Quando necessário, ajudando a população em momentos de desastres, em momentos de calamidades. É isso que nós fazemos e fazemos com muita maestria”.

Atos terroristas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. (Foto: Reprodução)

Ele também mencionou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de trazer para Tribunal a competência de julgar crimes como a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram alvo de terroristas em Brasília.

“O ministro Alexandre de Moraes tomou a decisão e fundamentou de maneira brilhante que o crime era da Justiça comum”, declarou.

“Estamos ao lado do STF, não estamos contra”.

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