O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, entregou nesta sexta-feira (4) sua carta de demissão ao Palácio do Planalto. A expectativa é de que ele se encontre pessoalmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima quarta-feira (9), quando o chefe do Executivo retorna a Brasília. O mandato de Fabiano estava previsto para se encerrar oficialmente em 6 de agosto. Com informações da Folha de S.Paulo.
Segundo aliados, Fabiano alegou questões de saúde como principal motivo para sua saída e usou a carta para defender medidas adotadas durante sua gestão à frente da estatal. A renúncia também teria o objetivo de evitar o agravamento da disputa política em torno do comando dos Correios, já que o cargo é cobiçado por integrantes do União Brasil, partido que integra a base do governo.
A saída de Fabiano ocorre em meio à pressão da Casa Civil por uma reestruturação da estatal, incluindo o fechamento de agências em diversas regiões do país. No final de junho, a colunista Mônica Bergamo revelou que o presidente dos Correios havia colocado o cargo à disposição por não concordar integralmente com os termos da proposta de reestruturação exigida pelo Planalto.
Os desafios à frente da empresa são consideráveis: os Correios acumularam um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2025. A estatal comunicou ao governo federal que poderá precisar de um aporte emergencial de recursos da União para estabilizar suas contas e evitar um rombo ainda maior no caixa.