Preso ligado ao MBL foi contratado pelo governo de SP para analisar destruição de documentos

Atualizado em 10 de julho de 2020 às 10:57
Alessander Mônaco Ferreira, empresário ligado ao MBL que foi preso nesta sexta

Uma operação da Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta sexta (10),  dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre por suspeita de envolvimento no desvio de mais de R$ 400 milhões, de acordo com o Ministério Público Estadual.

O órgão ainda afirma que o MBL recebia “doações de forma suspeita” por meio de “cifras ocultas” em uma “confusão jurídica empresarial” com o MRL (Movimento Renovação Liberal). Entre os presos, estão Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido pelo pseudônimo Luciano Ayan nas redes sociais), e Alessander Mônaco Ferreira.

Curiosamente, Alessander foi contratado pelo Governo do Estado de SP para trabalhar na Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado, lotado num cargo cuja função é ‘gerenciar tarefas de eliminação de documentos públicos, de informações relativas ao recolhimento de documentos de guarda permanente, produzidos pela Administração Pública‘, segundo o MP. Ele recebe R$ 17 mil de salário.

(Reprodução)

Chamou a atenção também o fato de Alessander ter realizado “doações altamente suspeitas através da plataforma Google”, aponta o MP, bem como criado “duas empresas de fachada” e  ter ido mais de 50 vezes para Brasília, em visita ao MEC, com objetivos não especificados, durante dois anos.

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