Os resultados da crise na economia brasileira estão sendo vistos no fim deste mês de abril. Os índices do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) consideram que a média foi a mais alta para o mês desde a década de 90.
Segundo uma prévia da inflação oficial (IPCA), foi registrado uma alta de 1,73% em abril, após ficar em 0,95% em março. Essa é a maior variação para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. De acordo com dados o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o resultado também é a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%).
No ano de 2022, o IPCA-15 acumula alta de 4,31% e, em 12 meses, de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses antreiores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%.
Segundo ainda o IBGE, a inflação acumulada medida em março foi de 11,3%, puxada pelo reajuste dos combustíveis. Com isso, os alimentos também seguem muito caros.
O preço do tradicional prato feito foi ainda pior, de 23%, mais que o dobro do acumulado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A pesquisa é da economista Marcela Kawati, da Prada Assessoria, que analisou o preço do prato com carne bovina, arroz, feijão, salada de alface e tomate e batata frita em 16 capitais do Brasil, além dos temperos usados no preparo (cebola, alho, sal, óleo de cozinha e azeite) e também o gás de cozinha.
“Dessa vez não tem um único vilão. Todos os artigos dentro do prato feito estão subindo. São artigos essenciais, que as pessoas mais precisam. Isso está corroendo a renda principalmente dos mais pobres, e para quem tem a sorte de ter um salário reajustado pela inflação, o poder de compra também não aumenta”, afirmou a economista.