Prisão de Crivella não é fazer justiça, diz vereadora eleita no Rio

Atualizado em 22 de dezembro de 2020 às 22:26
O prefeito do Rio de Janeiro foi preso na manhã desta terça-feira (22), em sua casa, na Barra da Tijuca – Estefan Radovicz / AFP

Taína de Paula, vereadora eleita pelo PT no Rio, foi às redes sociais nesta terça (22) comentar a prisão de Marcelo Crivella, prefeito da cidade, faltando 9 dias para o fim do mandato.

No Twitter, Taína escreveu:

Estranha a prisão de Crivella faltando 9 dias para o fim do seu mandato. É uma demonstração de força da justiça, tendo em vista que esses 9 dias não mudariam em nada e dificilmente Crivella conseguiria esconder provas nesse tempo – até por que, se ele quis esconder algo, já o fez.

É uma mensagem pra sociedade, pro futuro prefeito, pra política em geral. A criminalização da política segue com força – mesmo que Crivella tenha de fato cometido crimes, o que é bem provável, a demonstração de força tem essa lógica.

Não comemoro prisão, apesar de achar que Crivella deve ser processado nos marcos da lei e responder pelos seus crimes. É essencial entendermos que essa prisão não necessariamente é fazer justiça, apesar de ser satisfatório ver o obscurantismo cair.

Crivella foi preso em casa, às 6h, na Barra da Tijuca, e é acusado de envolvimento em suposto esquema de corrupção.

Além de Crivella, também foram presos o empresário Rafael Alves (suspeito de ser o chefe do esquema de propinas e irmão de Marcelo Alves, ex-presidente da RioTur), Mauro Macedo (ex -tesoureiro da campanha de Crivella) e o ex-vereador Fernando Moraes (também ex-delegado).