Problema era a PEC, não o ministério. Por Fernando Brito

Atualizado em 21 de dezembro de 2022 às 16:42
O presidente eleito Lula (PT)
Foto: Reprodução

Não há crise na montagem do “ministério Lula”. Há é o vício da mídia brasileira de entender que a administração pública se divide e se reparte como as capitanias do início da era colonial brasileira.

Não se deve crer que personalidades como Simone Tebet ou Marina Silva sejam impossíveis de serem encaixadas numa equipe coesa, solidária e, sobretudo, leal ao presidente eleito.

Quem quiser verificar isso, que olhe para a relação entre Lula e Geraldo Alckmin que, há um ano, 11 entre 10 analistas previam tensas e atritadas, por conta de que “o PT não cederia os espaços junto ao ex-presidente”.

Claro que a postura de Alckmin ajudou, mas o ex-governador paulista nunca precisou criar tensões ou polêmicas internas para conquistar os espaços que hoje ninguém duvida estarem no centro do poder.

Lula não acha, por razões óbvias, que alguém possa pretender lhe fazer sombra e colher para si apenas os frutos de sua ação no governo.

Não vai haver vetos por conta disso, embora possa, aqui e ali, haver ciúme dos imaturos ou dos vaidosos.

Faltam apenas um ou dois dias para sabermos quem comporá o ministério e dez para vermos que, mal ele começará, a mudança.

Texto publicado originalmente no Tijolaço

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