
O Procon de Goiás promoveu fiscalização nesta quarta-feira (5) no frigorífico que divulgou a venda do quilo da “picanha mito” por R$ 22 a quem comparecesse vestido com uma camisa da seleção brasileira. O órgão encontrou 50 quilos de carne impópria para o consumo durante a diligência.
A ação de marketing, com nítido viés político, provocou longas filas na entrada do frigorífico e houve tumulto em razão da aglomeração. Uma mulher morreu após passar mal no local.
A Justiça Eleitoral, por sua vez, determinou a suspensão da promoção ante ao risco dela prejudicar a legitimidade do processo eleitoral
O frigorífico foi notificado a prestar esclarecimentos em 10 dias sobre a promoção. O órgão entende que houve abuso contra os consumidores. Na investigação, foi pedida a relação de produtos oferecidos no dia com as respectivas informações sobre os preços reais e promocionais, tempo de duração da oferta e condições de participação aos potenciais compradores.
“Também foram pedidas imagens capturadas pelas câmeras de segurança, em especial as localizadas no interior da loja, durante a realização da promoção. A empresa foi autuada e pode pagar uma multa que varia de R$ 754 a R$ 11,3 milhões”, informou o órgão.
Durante a atuação da fiscalização, houve a apreensão de mais de 44 quilos de carne refrigerada sem as datas de embalo e os prazos de validades. Além disso, foram encontrados 5,5 quilos de carne vencida.
A reportagem do jornal O Popular entrou em contato com o Frigorífico Goiás por meio de ligações e WhatsApp, porém não obteve retorno.