
O Procurador-Geral da Virgínia Ocidental, John McCuskey, e outros 16 procuradores-gerais pediram ao presidente Donald Trump para não comparecer à COP30, conferência climática da ONU, prevista para o próximo mês no Brasil. Em uma carta enviada em 23 de outubro, McCuskey argumenta que a participação dos EUA na cúpula legitimaria políticas contrárias à agenda de Trump, como as que favorecem energias renováveis e rejeitam carvão, gás e petróleo.
Embora o governo dos EUA ainda não tenha confirmado oficialmente sua presença na COP30, Trump iniciou o processo de retirada do país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, mas, por enquanto, os EUA continuam parte do acordo. McCuskey criticou as políticas da COP30, que considera baseadas em “teorias climáticas frequentemente contestadas”, e defendeu o uso do carvão, gás e petróleo como essenciais para a crescente demanda de eletricidade, impulsionada por tecnologias como inteligência artificial e data centers.

O procurador também questionou a viabilidade e custo das energias solar e eólica, considerando-as não confiáveis e mais caras do que as fontes de energia tradicionais. Uma análise da BloombergNEF revelou que fazendas solares e eólicas superam em custo de produção as usinas de carvão e gás em quase todo o mundo.
Os procuradores de estados como Alabama, Flórida, Texas, Oklahoma, e Wyoming assinaram a carta, que pede ao governo dos EUA que se oponha às políticas da COP30, que consideram prejudiciais à indústria de combustíveis fósseis. O Departamento de Estado não comentou sobre os planos dos EUA para a conferência ou sobre o pedido feito pelos procuradores.
O estado da Virgínia Ocidental tem liderado vários processos contra políticas ambientais nos últimos anos, incluindo ações contra a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e a lei de mudanças climáticas de Nova York.