
Um professor de instituição privada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Sudoeste do Rio, é agora réu por uma acusação de estupro de vulnerável. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) formalizou a denúncia elevando a gravidade do caso. Inicialmente, a detenção do docente havia ocorrido sob a acusação de importunação sexual.
A Justiça decidiu manter a prisão preventiva do educador que havia sido detido em sua residência na Zona Norte em 13 de outubro. Agentes da 42ª Delegacia Polícial do Recreio cumpriram o mandado e apreenderam um notebook e um celular. O caso que mobiliza o Colégio Tamandaré ganhou contornos mais sérios após a análise aprofundada de todas as provas e depoimentos.
Detalhes apresentados pela 1ª Promotoria de Investigação Penal de Jacarepaguá e Barra da Tijuca indicam que o réu teria realizado atos obscenos. As vítimas são alunas de apenas 12 anos. O estupro de vulnerável é o termo legal aplicado a atos libidinosos ou conjunção carnal com qualquer vítima que não tenha completado 14 anos.

Segundo o teor da denúncia o professor manifestou sinais de excitação durante uma atividade escolar na sala de aula. Ele teria realizado movimentos simulando masturbação na presença das menores. Este comportamento é o cerne da acusação grave formalizada pelo Ministério Público.
A investigação sobre o comportamento do professor teve início imediato no primeiro dia de outubro. Mães de alunas procuraram a delegacia alertadas pelos relatos das filhas. As menores descreveram consistentemente a postura inadequada do docente.
As alunas reportaram gestos obscenos comentários impróprios sobre a aparência e uma conduta de se posicionar na porta da sala forçando contato corporal. Um elemento crucial para o inquérito foi o fato de as adolescentes terem escrito cartas relatando o abuso material que foi retido por outro educador da escola.
A Polícia Civil conduziu as diligências através da 42ª DP e o trabalho incluiu ouvir as alunas, além da análise de imagens. As evidências juntos aos depoimentos obtidos pela corporação sustentaram o pedido de prisão preventiva e embasaram a denúncia subsequente do MPRJ.
Em comunicado emitido logo após a prisão o Colégio Tamandaré informou que o professor havia sido afastado preventivamente de suas funções.