Propostas de Lula por fim da guerra na Ucrânia são aceitas por governos europeus

Atualizado em 21 de fevereiro de 2023 às 8:29
Lula se reuniu com o chanceler alemão, Olaf Scholz, no Planalto (Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação)

As sugestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre como pôr fim à guerra da Ucrânia foram bem aceitas pelos governos europeus que estão propondo na ONU a aprovação de uma nova resolução condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia. A ideia dos líderes europeus é incorporar as propostas de Lula à emenda.

Durante as negociações, o presidente Lula propôs que o texto não tratasse apenas da condenação em relação à agressão russa. Mas que abrisse um espaço para falar da “suspensão de hostilidades”.

Até agora, todas as resoluções foram no sentido de pedir a retirada imediata das tropas russas dos locais ocupados no território ucraniano. Mas poucas foram na direção de sugerir a criação de um espaço de diálogo.

A aceitação e incorporação das ideias do petista por parte dos governantes europeus pode levar o governo Lula a votar em apoio ao texto. Entretanto, não há, por enquanto, uma decisão final sobre como o governo irá votar. Entre diplomatas europeus, a esperança era de que, com esses trechos brasileiros incorporados no texto final, o governo Lula poderia passar a ser um patrocinador da resolução.

A opção é vista no entanto com hesitação, já que colocaria o Brasil em um lado claro do conflito e poderia acabar com a ideia do Brasil de se manter neutro diante dos conflitos.

Uma das maiores preocupações dentro do Itamaraty é com o novo texto se refere ao artigo 5º do documento, que pede a “retirada imediata” das tropas russas. O governo brasileiro teme, assim como outros países emergentes, que o trecho passe a ser um eventual obstáculo para um diálogo, já que ele envolveria não apenas as áreas invadidas nesses últimos doze meses, mas também a Crimeia.

 

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