
A propriedade onde reside o influenciador digital Agenor Tupinambá foi construída em cima de uma série de crimes ambientais e contra povos originários. O Vocativo teve acesso a uma série de autos de infração movidos pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) contra o dono original da propriedade, Elmar Cavalcante Tupinambá, avô de Agenor.
Nela, são descritos crimes como destruição de 244,291 hectares de floresta nativa sem autorização ambiental competente entre os anos de 2018 e 2021. A propriedade também foi autuada em 2008 por poluir em níveis capazes de causar danos à saúde humana, mortalidade de animais e destruição da flora. As multas somadas chegam a R$ 1.229.435,00.
Também há denúncias de que Elmar seja réu por agressões e ameaças contra membros da etnia Mura da região, conforme recortes de jornais de 1985. O motivo seria uma disputa de uma área de 1.500 hectares na Terra Indígena de Guapenu, nos arredores de Autazes.
Quem poderia imaginar q o avô do “pobre ribeirinho” é réu em conflitos com os indígenas mura incluindo invasão de terras, agressão a liderança indígena e desmatamento. Aliás a fazenda do neto q vcs acreditam ser uma comunidade ribeirinha (kkkk) é em área desmatada ?.
Fui pic.twitter.com/AikeNxvq12
— Nidéwãna ? (@Karibuxi) May 2, 2023
Agenor Tupinambá ficou conhecido por gravar vídeos com a capivara Filó, no município de Autazes (a 113 km de Manaus) e receber multa de R$ 17 mil por diversos crimes ambientais, entre eles matar espécie da fauna silvestre (preguiça real), praticar abuso (capivara) e manter em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio).
Desde então, diversos políticos do estado, especialmente a deputada estadual Joana Darc (União Brasil) passaram a encampar uma autêntica batalha midiática de ataques contra a instituição, defendendo que o estudante mantivesse o contato com o animal, o que representa uma infração ao meio ambiente prevista em lei.