
Entidades de policiais civis, militares e penais realizaram nesta terça-feira (18) um protesto no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, contra o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública licenciado, Guilherme Derrite. O ato ocorreu em frente à Faculdade de Direito da USP, próximo ao prédio da Secretaria da Segurança Pública, e reuniu representantes de diversas categorias.
As entidades afirmaram que reivindicam melhorias na política de recursos humanos da segurança pública, incluindo condições de trabalho, remuneração, previdência, plano de carreira e atendimento de saúde. Segundo os sindicatos, há demandas acumuladas desde 2023, como recomposição salarial e pagamento de bônus previsto para as corporações.
O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de São Paulo, Fábio César Ferreira, declarou que a categoria cobra a recomposição de 14% referente ao reajuste concedido às polícias em 2023. Ele citou também trechos da nova lei orgânica que, segundo o sindicato, precisam ser ajustados. “Temos de receber o bônus que está atrasado, além da recomposição salarial”, disse.

Um dos organizadores do ato, o delegado André Pereira, presidente da Associação dos Delegados de Polícia, informou que negociou uma reunião com o governo antes da manifestação, o que teria reduzido a adesão de parte dos policiais civis. Ele afirmou que o encontro está previsto para a próxima segunda-feira (25) e que as lideranças pretendem priorizar o diálogo.
Durante o ato, Pereira registrou a presença do deputado federal Mario Palumbo e do estadual Reis, que tentaram discursar, mas não tiveram acesso ao microfone. Os dois parlamentares protestaram diante da negativa, enquanto dirigentes sindicais mantiveram a decisão de limitar as falas às lideranças do movimento. Pereira reforçou que a decisão havia sido debatida previamente entre os organizadores.
Em nota, o governo estadual afirmou que representantes das categorias foram recebidos nesta terça-feira (18) pelo secretário de Segurança Pública em exercício, Osvaldo Nico Gonçalves, e pelo delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian. Segundo o comunicado, as demandas foram apresentadas e um novo encontro foi agendado para a próxima semana, sem confirmação da presença do governador.