Josué Gomes da Silva, teve sua destituição da presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo) aprovada nesta segunda (16). Em assembleia extraordinária, a federação aprovou sua saída e o resultado é questionado por pessoas ligadas ao empresário, que alegam que a decisão não tem validade. A informação é da Folha de S.Paulo.
Filho do ex-vice-presidente José Alencar, Josué é próximo de Lula e chegou a ser convidado para ser ministro da Indústria na atual gestão, mas recusou. Ele assinou, em nome da Fiesp, um manifesto apartidário pelo democracia que continha críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi apoiado por Paulo Skaf.
Em 2019, durante o governo de Bolsonaro, o então presidente da entidade se aproximou do ex-presidente, fazendo com que a Fiesp fosse vista como bolsonarista. Josué chegou a ser conhecido como “menino do Lula” na federação.
A votação que aprovou sua destituição ocorreu à noite, após horas de assembleia que teve início às 14h30. No encontro, 47 representantes de sindicatos votaram a favor de sua saída, enquanto 2 se abstiveram e 1 votou contra. Ao todo, a Fiesp tem 116 sindicatos, sendo que 86 deles assinaram o pedido pela realização da plenária.
Josué foi eleito com 97% dos votos e assumiu a presidência da Fiesp em 2022, quando substituiu Skaf. Ele tem enfrentado uma rebelião de sindicatos de oposição que criticam sua gestão da entidade.