PSL suspende mandato de deputados bolsonaristas e enfraquece gabinete do ódio em São Paulo

Atualizado em 29 de maio de 2020 às 18:28
Douglas Garcia e Gil Diniz. Foto: Reprodução do Twitter

Os dois expoentes do gabinete do ódio na Assembleia Legislativa de São Paulo, os deputados Gil “Carteiro Reaça” Diniz e Douglas Garcia, foram suspensos pelo PSL em razão do suposto envolvimento deles com as milícias digitais que produzem e divulgam fake news.

Os dois estão sendo investigados no inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal. Douglas Garcia teve até o gabinete dele alvo de um mandado de busca e apreensão.

Com a suspensão, nenhum deles poderá participar de comissões na Assembleia Legislativa, o que exclui Douglas Garcia da função de suplente da CPI das Fake News, já criada, mas ainda não instalada em razão da pandemia.

Douglas e Gil, é claro, minimizaram o afastamento, ambos com a conversa de que apenas exercitam o direito constitucional à liberdade de expressão.

Não.

A liberdade de expressão não garante aos cidadãos caluniar, difamar ou injuriar. Muito menos ameaçar, direta ou indiretamente.

Quem representa o PSL na CPI é Janaína Paschoal, que pelo histórico da bancada (com muitas disputas e até brigas) não parece inclinada a passar pano para os colegas.

Ambos devem ser investigados pela comissão, como já sinalizam parlamentares que compõem a CPI,

Gil Diniz foi assessor de Eduardo Bolsonaro e chegou a trabalhar na rede social na família Bolsonaro durante a pré-campanha.

O horizonte para ambos se fecha no Poder Legislativo do Estado de São Paulo. E não vai adiantar gritar ou espernear.

O Brasil já civilizado agradece.