PSOL fecha questão e vai lançar Boulos e Erundina à prefeitura de SP. Por José Cássio

Atualizado em 16 de janeiro de 2020 às 20:17
Aos 86 anos, Erundina abraça Boulos na sua aposentadoria em disputas eleitorais (Imagem: reprodução)

Vai ficando cada dia mais distante o sonho de uma aliança de esquerda para enfrentar o conservadorismo nas eleições municipais deste ano.

Em São Paulo, o PSOL bateu o martelo: Guilherme Boulos será candidato a prefeito da capital, com a deputada Luiza Erundina como vice.

O partido só aguarda o sinal verde de Boulos para anunciar oficialmente a candidatura.

A deputada Sâmia Bomfim aceitou retirar a pré-candidatura em prol de Boulos. E Erundina está feliz em ajudar o partido na sua última jornada antes de se aposentar das disputas eleitorais – aos 86 anos, está no sexto mandato como deputada federal após ter sido ministra e a primeira prefeita do PT em São Paulo, entre 1989 e 1992.

Militante estudantil desde os 15 anos, Boulos participou da União da Juventude Comunista e, atualmente, coordena o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Apesar de não ter tido uma votação significativa na eleição para presidente em 2018 – com 36 anos, foi o candidato mais jovem da história e chegou em décimo lugar -, ajudou o partido a ultrapassar com folga a cláusula de barreira, saindo de seis para 10 deputados federais.

A ideia do PSOL é dobrar o número de cadeiras na câmara de vereadores, passando de dois para pelo menos quatro.

A dupla Boulos e Erundina será anunciada nos próximos dias. É o primeiro movimento das esquerdas na tentativa de retomar a prefeitura da principal cidade do país, na mão dos tucanos desde o mandato do petista Fernando Haddad (2012 a 2016).

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PS do DCM: no início da noite desta quinta (16) a deputada Sâmia Bomfim se manifestou no Twitter sobre a matéria, negando que tenha aceitado retirar a sua pré-candidatura à prefeita de São Paulo em nome de uma articulação interna do partido envolvendo os nomes de Guilherme Boulos e Luiza Erundina.