PSOL reorganiza plano eleitoral após saída de Boulos para ministério

Atualizado em 21 de outubro de 2025 às 0:30
Guilherme Boulos (PSOL-SP), durante ato de campanha em 2024. — Foto: YURI MURAKAMI/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) acertou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não disputará a reeleição em 2026. A decisão foi tomada durante as conversas que antecederam sua nomeação para a Secretaria-Geral da Presidência, cargo que ele assumiu nesta segunda-feira (20) em substituição a Márcio Macêdo. Com informações da coluna da Mônica Bergamo, na Folha.

Com a saída de Boulos do Legislativo, o PSOL em São Paulo iniciou a definição de sua nova estratégia eleitoral. O parlamentar foi o mais votado do estado em 2022, com cerca de um milhão de votos, e representou metade do total conquistado pela legenda no pleito. A direção estadual avalia nomes para manter o desempenho nas urnas.

Entre as alternativas internas, estão a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), como Guilherme Simões. A legenda também considera a possibilidade de lançar Natália Szermeta, socióloga e esposa de Boulos, como candidata à Câmara.

Erika Hilton, deputada federal pelo PSOL-SP. Foto: reprodução

Outros quadros históricos do partido, como Luiza Erundina e Ivan Valente, ainda não confirmaram se disputarão novo mandato. A decisão deles pode influenciar diretamente na formação da chapa federal em São Paulo.

A Rede Sustentabilidade, que forma federação com o PSOL, também terá ajustes. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não pretende disputar vaga na Câmara e deve se lançar candidata ao Senado em 2026, reduzindo o número de puxadores de votos da federação.

O PSOL pretende concluir a reorganização eleitoral até o primeiro semestre de 2026. O objetivo é garantir a renovação da bancada e manter representatividade no Congresso, após a entrada de Boulos no governo Lula.