
O Partido dos Trabalhadores lançou nesta quinta-feira (13), em Belém, a Carta de Belém, documento elaborado durante encontro realizado na COP30 com dirigentes dos estados da Amazônia Legal. O texto reúne propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável e à inclusão social na região, construídas a partir de debates acumulados pelo partido ao longo das últimas três décadas.
O documento afirma que “o acúmulo de debates e reflexões obtidos no Fórum do PT da Amazônia realizado ao longo de 30 anos reforçam o resgate de grandes temas e eixos que mesmo nos dias atuais são urgentes”. Segundo os organizadores, essa base serviu de referência para consolidar os 11 pontos apresentados, que abordam políticas ambientais, ordenamento territorial e ações voltadas aos povos do território.
O encontro contou com a presença do presidente nacional do PT, Edinho Silva, e de representantes dos diretórios estaduais do bioma. Durante sua fala, Edinho afirmou que “a Carta de Belém do PT, resultado do nosso encontro histórico durante a COP30, reafirma o compromisso histórico do nosso partido com a Amazônia e com os povos que a protegem”. Ele acrescentou que o partido defende um desenvolvimento “que nasce e é feito por quem está no território”.
O texto também registra que a estratégia apresentada busca valorizar “a floresta em pé”, associada ao crescimento econômico e tecnológico. De acordo com Edinho, “a urgência climática requer a transição energética justa e inclusiva”, e o documento ressalta que a região Norte possui potencial para liderar agendas de inovação e geração de renda com foco territorial.
A Carta de Belém reúne 11 diretrizes, entre elas o protagonismo das comunidades tradicionais, a integração entre saberes e ciência, a governança territorial, a exploração de terras raras com soberania e políticas para a Amazônia urbana. O documento foi apresentado como resultado de processo coletivo que envolveu militantes, especialistas e movimentos sociais.
Além do lançamento, o PT informou que convocou para esta sexta-feira (14) uma reunião com partidos democráticos para discutir uma manifestação conjunta sobre o projeto de desenvolvimento da Amazônia Legal. O objetivo é apresentar propostas convergentes entre organizações políticas interessadas na pauta ambiental e nas políticas públicas da região.