O PT pediu a cassação do senador Sergio Moro (União-PR) à Justiça e afirmou que ele omitiu R$ 21,6 milhões da campanha eleitoral. A sigla ainda quer que o parlamentar fique inelegível por oito anos por abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
Segundo o documento enviado pela sigla ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o ex-juiz teria omitido valores de sua campanha eleitoral, sendo R$ 4,8 milhões pagos e outros R$ 16,8 milhões contratados mas não quitados até o momento.
Os valores são superiores ao limite de gastos de campanha para senador, que é de R$ 4,4 milhões. Para o partido, o senador antecipou gastos eleitorais irregularmente e usou a estrutura de sua pré-campanha à Presidência pelo Podemos em sua campanha pelo União Brasil.
“Não há, enfim, nenhum argumento minimamente factível e razoável que permita a esta Corte ignorar que essa verdadeira farra com recursos do Fundo Partidário. Mais: às vésperas de um novo período de pré-campanha municipal, teria esta Corte que fixar o precedente perigosíssimo de que o ‘vale-tudo’ é permitido e premiado na pré-campanha. Ou pior, que esse limite não se aplica a apenas alguns candidatos e não a outros, algo que o juiz Moro certamente repudiaria”, diz o documento.
Nas alegações finais enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a sigla ainda cita trechos de um livro de Moro e aponta contradições do ex-juiz da Lava Jato. “O juiz Moro não teria qualquer piedade em condenar as ilicitudes cometidas pelo candidato Moro”, afirmam os advogados do PT.
A legenda do presidente Lula e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, entraram com ações contra Moro, que agora tramitam em um só processo, pedindo sua cassação e inelegibilidade. O senador prestou depoimento na última quinta (7) e negou irregularidades em seus gastos de campanha.