PT quer Moro cassado e inelegível por “farra” de R$ 21 milhões; entenda

Atualizado em 13 de dezembro de 2023 às 14:53
Sergio Moro (União-PR), senador. Foto: reprodução

O PT pediu a cassação do senador Sergio Moro (União-PR) à Justiça e afirmou que ele omitiu R$ 21,6 milhões da campanha eleitoral. A sigla ainda quer que o parlamentar fique inelegível por oito anos por abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.

Segundo o documento enviado pela sigla ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o ex-juiz teria omitido valores de sua campanha eleitoral, sendo R$ 4,8 milhões pagos e outros R$ 16,8 milhões contratados mas não quitados até o momento.

Os valores são superiores ao limite de gastos de campanha para senador, que é de R$ 4,4 milhões. Para o partido, o senador antecipou gastos eleitorais irregularmente e usou a estrutura de sua pré-campanha à Presidência pelo Podemos em sua campanha pelo União Brasil.

“Não há, enfim, nenhum argumento minimamente factível e razoável que permita a esta Corte ignorar que essa verdadeira farra com recursos do Fundo Partidário. Mais: às vésperas de um novo período de pré-campanha municipal, teria esta Corte que fixar o precedente perigosíssimo de que o ‘vale-tudo’ é permitido e premiado na pré-campanha. Ou pior, que esse limite não se aplica a apenas alguns candidatos e não a outros, algo que o juiz Moro certamente repudiaria”, diz o documento.

Nas alegações finais enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a sigla ainda cita trechos de um livro de Moro e aponta contradições do ex-juiz da Lava Jato. “O juiz Moro não teria qualquer piedade em condenar as ilicitudes cometidas pelo candidato Moro”, afirmam os advogados do PT.

Sergio Moro sentado em cadeira, olhando pra frente com expressão séria
Moro em depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) – Reprodução/YouTube

A legenda do presidente Lula e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, entraram com ações contra Moro, que agora tramitam em um só processo, pedindo sua cassação e inelegibilidade. O senador prestou depoimento na última quinta (7) e negou irregularidades em seus gastos de campanha.

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