PT vai ao STF contra decisão de Nunes Marques que livrou deputado bolsonarista

Atualizado em 3 de junho de 2022 às 16:06
Nunes Marques
PT quer que STF suspenda decisão de Nunes Marques
Foto: Reprodução

O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (3), para que a corte suspenda a decisão do ministro Kassio Nunes Marques, que devolveu o mandato do deputado federal José Valdevan de Jesus, o Valdevan Noventa (PL-SE), segundo reportagem do jornal O Globo.

A solicitação foi encaminhada ao presidente do Supremo, Luiz Fux. Os advogados do PT alegam que a decisão violou a competência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato do parlamentar por abuso de poder econômico, em março deste ano.

O PT deve apresentar outro recurso à Corte ainda hoje na tentativa de derrubar a liminar do ministro. Com a medida de Nunes Marques, o deputado federal Marcio Macedo, do PT, que tomou posse em abril na Câmara no lugar de Valdevan, deve perder seu mandato. Valdevan é do mesmo partido que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e integra a base governista.

“A supressão de instância, no presente caso, viola a ordem pública, motivo pelo qual a decisão liminar do eg. Min. Nunes Marques deve ser cassada e representa uma afronta às regras processuais impostas, além de violar a competência do Tribunal Superior Eleitoral e o princípio da segurança jurídica”, escreveu o advogado Angelo Ferraro no documento apresentado ao STF, segundo o jornal.

A defesa do PT argumenta que restam apenas seis meses para o fim da legislatura e que a decisão de Nunes Marques “provocará insegurança jurídica quanto à estabilidade” das decisões proferidas pelo TSE. O partido afirma que Valdevan acionou o STF sem que seus recursos para recuperar o mandato tivessem sido esgotados na corte eleitoral e classificou a estratégia como “temerária”.

“Os autores adotaram a estratégia processual acima mencionada, buscando por vias diversas e temerárias a manifestação dessa eg. Suprema Corte no sentido de suspender os efeitos da decisão proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral”, afirmam os advogados.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link