Putin cita provocações de Kiev ao falar de tensão entre Rússia e Ucrânia

Presidente da Rússia se pronuncia

Atualizado em 20 de fevereiro de 2022 às 16:00
Valdimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin. Foto: Sergei Guneyev/Sputnik/AFP

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, culpou neste domingo (20) as “provocações” do governo ucraniano pela escalada dos confrontos com os separatistas no leste da Ucrânia, diz a AFP.

O presidente russo disse que quer “intensificar” os esforços diplomáticos para resolver o conflito. De acordo com o Kremlin, Putin também pediu, durante um telefonema com seu colega francês Emmanuel Macron, para que a Otan e os Estados Unidos “levem a sério as exigências de segurança da Rússia”.

“Foram manifestadas sérias preocupações com a acentuada deterioração da situação ao longo da linha de contato em Donbas”, informou e o Kremlin em comunicado, acrescentando que Putin “apontou que as provocações das forças de segurança ucranianas estavam por trás da escalada”.

Presidente russo também disse que as entregas ocidentais de armas e munições modernas para as forças ucranianas estão “empurrando Kiev para uma solução militar” em seu conflito com os separatistas pró-russos, que começou em 2014.

“Kiev apenas encena um processo de negociação e se recusa obstinadamente a aplicar os acordos de Minsk” assinados em 2015 e destinados a resolver o conflito, acusou Putin.

“Dada a urgência da situação, os presidentes concordaram que era conveniente intensificar a busca de soluções pelos canais diplomáticos”, apontou o Kremlin, com o objetivo de “facilitar o restabelecimento do cessar-fogo e garantir o progresso na resolução do conflito”.

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Mensagem de Vladimir Putin aos americanos

Putin também “reafirmou a necessidade de os Estados Unidos e a Otan levarem a sério as demandas russas por garantias de segurança e responderem a elas de maneira concreta e substancial”.

Rússia, acusada de concentrar 150 mil soldados nas fronteiras da Ucrânia para preparar uma invasão, exige a promessa de que Kiev nunca se juntará à Otan e o fim da presença militar da Aliança nas suas fronteiras. Estas exigências foram rejeitadas pelos países ocidentais.

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