Quaest: 72% rechaçam tarifaço de Trump e 79% temem prejuízos pessoais

Atualizado em 16 de julho de 2025 às 7:35
Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

A maioria dos brasileiros discorda da decisão de Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros como forma de protesto contra o processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro.

De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16), 72% da população acredita que Trump está errado, enquanto apenas 19% concordam com a medida e 9% não souberam opinar.

Pesquisa sobre se Trump está certo ou errado em afirmar que há perseguição política contra Bolsonaro no Brasil – Foto: Quaest

A pesquisa também revelou que 79% dos brasileiros acham que o tarifaço prejudicará suas vidas ou as de seus familiares.

Outro dado relevante do levantamento mostra que 57% reprovam as críticas de Trump ao processo judicial que envolve Bolsonaro, enquanto 36% acham que ele tem o direito de opinar.

Já sobre a atuação do presidente Lula no embate com Trump, 44% acham que ele está agindo corretamente, 29% preferem a postura de Bolsonaro e aliados, 15% não confiam em nenhum dos dois lados e 12% não souberam responder.

Qual o lado mais correto no embate entre o governo brasileiro e o americano em relação ao tarifaço de Trump – Foto: Quaest

 

Mesmo entre apoiadores de Bolsonaro, há sinal de consenso nacional. A pesquisa indica que 74% dos bolsonaristas defendem a união entre governo e oposição para enfrentar o tarifaço.

Na média geral, 84% dos entrevistados aprovam essa articulação conjunta, enquanto apenas 9% são contra. Entre os petistas, o apoio sobe para 93%.

Na terça-feira (15), Lula sancionou a Lei da Reciprocidade, autorizando o Brasil a aplicar sanções equivalentes a outros países.

O governo brasileiro tem respondido com firmeza e diplomacia. Um comitê interministerial foi criado para lidar com a situação e articular respostas com o setor privado. Lula também respondeu diretamente a Trump, chamando as ameaças de “desrespeitosas” e reforçando que a soberania nacional será defendida sem abrir mão do diálogo.

A pesquisa Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14/07. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2 pp.