A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest indica que Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais e aliado de Jair Bolsonaro, entrou em zona de alerta político. Apesar de ainda ter 55% de aprovação, o índice o coloca no grupo de governadores com “aprovação em desgaste”, ao lado de Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. O levantamento mostra que Zema perdeu fôlego enquanto nomes como Ronaldo Caiado (União Brasil) e Ratinho Júnior (PSD) seguem em patamares quase unânimes, com 88% e 84%, respectivamente.
O cenário contrasta com o de outros governadores bolsonaristas que mantêm alta popularidade, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, que registra 60% de aprovação. Em Minas, a situação é mais delicada porque, além da queda na avaliação geral, a percepção sobre as políticas públicas despencou em áreas sensíveis.
Segundo a pesquisa, educação, segurança pública e saúde são os setores mais criticados. Em todas essas frentes houve redução significativa nas notas atribuídas pelos mineiros nos últimos seis meses. Essa tendência reforça um desgaste silencioso para Zema, que tenta se manter como um dos principais articuladores do campo bolsonarista no estado e mira influência na sucessão de 2026.
Outro fator que pesa contra o governador é a falta de protagonismo no episódio do “tarifaço” imposto por Donald Trump contra produtos brasileiros. Enquanto outros governadores se posicionaram publicamente, Zema manteve-se discreto, o que reduziu sua visibilidade nacional.
Com queda nas áreas-chave e aprovação em declínio, Zema entra na segunda metade do mandato em situação menos confortável. Se os números continuarem nessa trajetória, sua capacidade de transferir votos para um sucessor – e até mesmo se projetar para disputas futuras – pode ser seriamente comprometida.