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O julgamento da trama golpista será retomado nesta terça-feira (9) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), com expectativa para os votos do relator Alexandre de Moraes e do ministro Flávio Dino. Ambos devem apresentar votos longos, que devem indicar os próximos rumos do processo contra Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus.
Pelas regras do Regimento Interno do STF, a votação começa com o relator, segue pelos demais ministros conforme a ordem de antiguidade no cargo e termina com o presidente da turma. Dessa forma, a sequência de votação é a seguinte:
- Alexandre de Moraes, relator;
- Flávio Dino, empossado há um ano e seis meses;
- Luiz Fux, empossado há 14 anos e seis meses;
- Cármen Lúcia, empossada há 19 anos e dois meses;
- Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.
O cronograma, no entanto, depende do ritmo das sessões, já que não há tempo fixo para os votos.
Até o momento, os ministros ouviram os argumentos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a condenação dos oito acusados, e das defesas, que negaram a participação deles e solicitaram absolvição por falta de provas.
Agora, os magistrados vão dizer se as evidências confirmam a tentativa de golpe e se há elementos que comprovem a participação de cada um dos réus.
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O peso do voto do relator
O voto do relator, Alexandre de Moraes, deve ditar o ritmo do julgamento. Ele vai analisar tanto as questões preliminares levantadas pelas defesas quanto o mérito da acusação.
As questões preliminares envolvem questionamentos processuais, como a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, apontada pelos advogados de Bolsonaro, que também alegam cerceamento de defesa.
O ex-ministro Braga Netto pede a anulação da delação e da própria ação penal, alegando suspeição de Moraes. Já outras defesas questionam a competência do STF para julgar o caso, pedindo que ele seja transferido para a Justiça Comum. A previsão é que Moraes apresente seu voto sobre essas questões junto com o mérito.
Quem são os réus ao lado de Bolsonaro
Além de Jair Bolsonaro, figuram como réus no núcleo principal da trama golpista:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.